Tiago Bettencourt edita novo single “7 dias” [LETRA]

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Tiago Bettencourt está de volta com “7 dias”, o primeiro single do novo álbum de estúdio, oitavo trabalho de originais do artista, que chega no último trimestre do ano.

A canção, já disponível em todas as plataformas digitais, marca o início de um novo capítulo criativo e conceptual, que irá culminar em dezembro com dois concertos únicos: no Sagres Campo Pequeno, em Lisboa a 18 de dezembro e na Super Bock Arena, no Porto a 20 de dezembro.

«Num mundo distópico, extremado, feito de propagandas e contra informações, em que cada ser humano tem a sua página de auto promoção cheia de felicidade e frases de auto ajuda, quem somos nós afinal? Serão as nossas opiniões mesmo nossas ou produto do eterno e imenso desejo de pertencer, de postar, de ter bandeiras, de existir? Cada um de nós dividido em infinitos pedaços: o que somos, o que podemos ser, o que achamos que somos, o que querem que sejamos, o que queremos ser para os outros, o que somos para outros, para cada um dos outros em separado, os que conhecemos, os que não conhecemos… Entre o sono e o sonho, esta música fala de uma inundação, e é um teaser para o novo álbum» – Tiago Bettencourt

Tiago Bettencourt – 7 dias [LETRA]

Se for ser eu não vou ser mais ninguém
Mas se para lá de mim for mais alguém?
Terei de ser também esse outro alguém
Mas como sei se invento o que não sou?
Ou como sei se penso o que me pedem,
ou se o que me pedem é quem eu sou?

7 dias 7 noites
Só uma direcção
Dias em que sou livre
Noites em que sou prisão
7 dias 7 noites
Só uma direcção
7 tiros em guerra
Ou 7 balas no chão

E se ninguém olhar para mim será que passo a ser ninguém?
Mas como assim?
Terei que ser aquilo que querem que seja, para ser alguém também
Mas se à luz ao espelho continuo a ser aquilo que sou? Então?
Terei que me esconder, não podem perceber que sou aquilo que não sou
E viverei na ilusão de ser o outro, mas o outro, é alguém.

Quantos querem quem, quantos dizem o quê?
Será que quero também será que ninguém vê?
Porque há tantos de mim que já não sei contar