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Passa a Outro e Não ao Mesmo — Vasco Palmeirim “Em termos musicais tem canções extraordinárias e em termos de vendas está a ser um sucesso”

Passa a Outro e Não ao Mesmo é uma iniciativa solidária

Passa a Outro e Não ao Mesmo - apresentação

Apresentação de Passa a Outro e Não ao Mesmo

David Fonseca, Diogo Piçarra, Black Mamba, ÁTOA, Dengaz, Márcia, João Só, Amor Electro, Agir, HMB e D.A.M.A foram os artistas convidados a participar nesta iniciativa solidária. Cada um escolheu uma associação da plataforma de solidariedade Eu Ajudo, criada pela Rádio Comercial, e é para elas que beneficiam 100% das receitas deste disco.

Passa a Outro e Não ao Mesmo é o disco mais vendido em Portugal

Com 11 canções de 11 artistas nacionais, Passa a Outro e Não ao Mesmo é o disco mais vendido em Portugal. De recordar que 100% das receitas revertem para 11 associações de solidariedade.

Marcámos presença no evento de apresentação do disco e conversámos com Vasco Palmeirim, locutor da Rádio Comercial e mentor do projeto, e ainda com alguns dos 11 convidados do disco.

 

Vasco Palmeirim – Estamos mesmo muito contentes com este disco, em termos musicais tem canções extraordinárias

Sabemos que a ideia deste projeto foi tua… A ideia de terem apenas 24 horas para terminar um tema e terem que partir de uma frase deixada pela banda anterior, foi para dificultar a tarefa dos músicos?
Sim foi ideia minha. (risos) Não foi para dificultar, foi para dar uma certa continuidade e dentro da diversidade que há entre cada artista. Um David Fonseca é diferente de um João Só, um João Só é diferente dos The Black Mamba. Dar uma certa continuidade e recuperar a brincadeira que fazíamos no secundário, em que pegávamos numa folha de papel, escrevíamos uma frase dobrávamos e só víamos a última frase, e depois abrirmos e aquilo não fazia sentido nenhum. Depois lembramos-nos “Passa ao Outro e Não ao Mesmo”, também uma frase muito de escola, e achamos que dava uma certa ligação entre as músicas e tornava este disco uma história. Ou seja, a frase foi como que um fio condutor. As pessoas agora podem comprar as canções individuais, mas também o disco, e ouvi-lo de uma ponta à outra e faz sentido, é uma coisa muito engraçada.

Como é que foi o processo da escolha das bandas?
As bandas foi, dentro desta ideia da canção em 24 horas, de quem nós achamos que era capaz de o fazer. E à medida que fomos fazendo os convites, nunca levámos uma resposta negativa, foi sempre “epá quero, bora…vamos a isso!”. Começámos com o David Fonseca e o David disse que sim, depois nós dissemos este, aquele e mais o outro, todos aceitaram, mas a dada altura vimos que já tínhamos onze e com onze já temos um disco feito. Portanto estamos mesmo muito contentes com este disco, em termos musicais tem canções extraordinárias e em termos de vendas, que é o mais importante, até pelo lado solidário, está a ser um sucesso, desde que saiu que está no primeiro lugar de vendas do iTunes.

 

D.A.M.A – Foi uma experiência incrível, por uma boa causa

Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase?
Um desafio! Quer dizer, nós até tivemos sorte, nos dias em que estamos inspirados as coisas correm muito melhor e nesse dia, era um dia em que estávamos os três inspirados e a coisa correu muito bem. Foi um desafio de que gostámos muito e ficámos muito honrados com o convite. Ainda por cima com este leque de artistas que admiramos tanto. Foi uma experiência incrível, por uma boa causa, juntou-se o útil ao agradável.

 

The Black Mamba – Foi difícil, saímos de lá assim já um bocado combalidos, mas foi alta experiência

Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase?
Normalmente nós gostamos de ficar no estúdio muito tempo. Cada vez que lá vamos saímos de lá sempre muito tarde e é desgastante, porque quando nós estamos a ficar assim já muito cansados podemos sempre deixar para o dia seguinte e neste caso não era possível, por isso acabamos por ficar mesmo até ao fim. Não levámos mesmo ideias nenhumas, por isso é que usamos quase as 24 horas. Foi difícil, saímos de lá assim já um bocado combalidos, mas foi alta experiência.

Estão felizes por terem sido convidados para este projecto?
Estamos muito felizes, é uma radio de prestigio e também o leque de artistas que estão a fazer parte deste projeto é muito bom. Sentimo-nos privilegiados por fazer parte deste projeto.

 

Agir – Senti-me feliz por depositarem confiança em mim e poder fazer parte deste leque de artistas

Sabemos que estás habituado a compor canções rápido, mas como é que foi esta experiência?
A mim dá-me gozo, eu gosto de fazer músicas. Se me puserem numa cabine com um experimental, eu vou mudando o experimental e fico ali a fazer melodias, melodias, melodias, portanto é uma coisa que me dá gozo. Juntar isto ao facto de alguém me inspirar com uma frase, que eu não sei o que é, e que isto depois vai reverter para uma causa nobre, é só motivos para me inspirar.

Sentiste-te orgulhoso com o convite?
Senti-me feliz por depositarem confiança em mim e poder fazer parte deste leque de artistas que são o que são, e se a Rádio Comercial vê razões para me integrar aí, só tenho razões para me sentir feliz.

E relativamente a projetos teus, o que nos podes revelar? Estás a preparar um novo álbum…
Sim, sai no final de setembro ou início de outubro e em novembro vou fazer dia 1 e 18 os Coliseus do Porto e Lisboa.

Amor Electro – Isto da música, a veia criativa, não se controla, às vezes vais bem e naquele dia as coisas correram bem

Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase. Muita pressão?
(Tiago) Não, na realidade nós demoramos só doze horas. Eu fui para lá sozinho às 8 da manhã e o resto da banda chegou mais ou menos às 4 da tarde, a coisa já estava bem montada, a música já estava feita. A Mariza escreveu a letra a partir das 4 da tarde e às 8 estávamos prontos. Tivemos sorte… Sabes que isto da música, a veia criativa, não se controla, às vezes vais bem e naquele dia as coisas correram bem, as coisas fluíram e fez sentido. Foi divertido fazer, foi uma coisa completamente diferente. Mas como nós costumamos dizer, nós fazemos sempre músicas num dia, só não escolhemos é o dia, esta era a grande diferença, havia um dia especifico para o fazer.

E a nível de projetos novos, podemo-nos revelar alguma coisa?
(Mariza) Estamos a preparar o terceiro disco, está a ser composto, temos a maior parte do disco feito. Vamos começar a gravar no final do verão. Ainda não sabemos bem a data de lançamento, mas será nos próximos seis meses.

E será algo a que já estamos habituados dos Amor Electro, ou estão a preparar uma nova sonoridade?
(Tiago) Os Amor Electro gostam de certa forma de inovar e estar atualizados com aquilo que se passa no mundo, não só em termos musicais como também a outros termos. O tema “Juntos Somos Mais Fortes” é o single de avanço do terceiro disco, e vai ser sem dúvida um disco virado para os portugueses, em termos de mensagem, mensagens muito emocionais, não só à volta do amor que é um tema presente, mas também uma coisa nossa, interventiva, patriótica, social e com um cariz, se calhar um bocadinho mais eletrónico, mas mantendo sempre a identidade dos Amor Electro.

 

João Só – Foi um desafio muito bom, como todos os que a Rádio Comercial me tem lançado ao longo dos anos

Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase?
Foi um desafio muito bom, como todos os que a Rádio Comercial me tem lançado ao longo dos anos. Mas para mim foi particularmente engraçado ser forçado – entre aspas – a compor uma canção em 24 horas. Eu gosto disso e estou à vontade, foi um desafio à minha medida, porque tinha que criar aquela canção naquele curto espaço de tempo, mas até levei menos de 24 horas. Mas neste caso estou surpreendido com o registo da canção, não estava à espera de me sair algo um bocadinho diferente do que tenho feito e neste caso saiu e as pessoas tem-me dito que têm gostado muito.

E a nível de um novo álbum?
Vamos ter novidade muito em breve, mas não posso dizer nada porque tenho aqui a minha produtora e o meu manager (risos). Mas em breve acho que vamos novidades.

Alinhamento Passa a Outro e Não ao Mesmo:

1. David Fonseca – “Encontro Marcado” (Aldeias SOS)
2. Diogo Piçarra – “Já Não Estou” (Acreditar)
3. Black Mamba – “Amanhã” (Cais)
4. ÁTOA – “Sei Lá” (União Zoofila)
5. Dengaz – “Tudo Muda” feat. Matay e Di Noise (APAV)
6. Márcia – “Do Que Eu Sou Capaz” (PAR)
7. João Só – “Sabes Que Sou Capaz (Ajuda de Berço)
8. Amor Electro – “Mas Isso Não Me Satisfaz” (Fundação do Gil)
9. AGIR – “Dizendo Que Sim” (Banco Alimentar)
10. HMB – “Não Te Vais Arrepender” (Re-food)
11. D.A.M.A. – “Sinto” (Just a change)

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