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Entrevista | Candymoon «as nossas músicas são quadros em movimento, imagens e cenários que nos tocam na alma»
Candymoon é um projecto sonhado e materializado por Célia Ramos, Pedro Leónidas e Alessio Vellotti.
Sem obedecer a fronteiras, a música veste influências do folk, blues e da música pop moderna.
Acompanhada pelo som maioritariamente acústico da banda, a voz passeia pelos versos com melodias entre o liricismo e o jazz, cantando historias, algumas reais, outras caricatas ou sonhadoras.
 
Em entrevista Pedro Leónidas, membro dos Candymoon, falou-nos um pouco mais deste projecto musical, que vem enriquecer a música nacional. 

Made in Portugal: Como surgiu os Candymoon?
Candymoon: Tínhamos começado a compor algumas ideias, para as quais não havia voz. No meio de um telefonema com a Célia, ela sugeriu que lhe enviasse as ideias, para ouvir. No dia seguinte, recebo por email duas letras incríveis e uma gravação da voz, feita em casa por ela. Acho que neste projecto começamos a fazer música, antes de falarmos sobre isso.

«O rumo foi surgindo à medida que fomos “caminhando”»

MIP: A vossa música não “obedece” a fronteiras, pois veste várias sonoridades. O que vos levou a juntar vários géneros musicais?
Candymoon: O que tocamos neste projecto é o que surge intuitivamente da nossa sinergia. Não nos sentamos a falar sobre o rumo que gostaríamos de seguir musicalmente. O rumo foi surgindo à medida que fomos “caminhando”. É claro que alguma sonoridade vem de escolhas conscientes, mas o resto é sinergia.

MIP: Para já apresentaram o vosso EP de estreia. Estão a trabalhar para no futuro editar um álbum?
Candymoon: Sim, estamos a preparar mais músicas, com o objectivo de a médio prazo editarmos um album físico.

MIP: Quem está a cargo da composição e produção dos temas?
Candymoon: Ambas as tarefas têm estado a nosso cargo. É claro que algumas ideias de arranjos e produção surgiram com a participação de pessoas que têm colaborado connosco no projecto.

«as nossas músicas são quadros em movimento, imagens e cenários que nos tocam na alma»

MIP: Falem-nos um pouco dos três temas do EP digital:

Candymoon:
Creio que podemos dizer que as nossas músicas são quadros em movimento, imagens e cenários que nos tocam na alma.

O Take Me é uma viagem pelo mundo, por todos os lugares que conhecemos e os que gostaríamos de conhecer. É uma viagem ao coração e ao mundo do sonho. Creio que houve uma sinergia muito grande entre a música e a letra e foi um processo de composição muito gratificante.

O Find Your Voice fala do poder do sonho e da importância de seguir o que gostamos e o que nos faz felizes. De nos encontrarmos como seres humanos. De romper com a rotina e  com o que nos prende por vezes a situações menos felizes e que não nos realizam.

O Stalkers utiliza o humor para falar de assuntos mais sérios. É uma caricatura, uma sátira a vária situações do quotidiano.

MIP: Para além de preparem novos temas, tem mais novidades para o futuro? Por exemplo concertos?
Candymoon: Vamos fazer um concerto de apresentação dia 3 de Setembro na Pensão Amor. Mais algumas datas a serem alinhadas, mas podem acompanhar tudo através do nosso facebook em: facebook.com/CandyMoon.band.

MIP: O que ambicionam na música?
Candymoon: Na música ambicionamos apenas música. Acreditamos que o resto que pode surgir, é apenas fruto das circunstâncias, e criar ambições ou expectativas, pode distrair da realidade presente e do objectivo de fazer e tocar música. É claro que gostaríamos que a nossa música nos levasse a cada vez mais público, mas temos a noção de que normalmente é algo que acontece de forma gradual.

«estamos numa altura em que a música se tornou um produto e que por vezes perde o valor para se tornar uma ferramenta para a fama»

MIP: Como define actualmente a música Portugal e o apoio que a mesma tem tido pelos media?
Candymoon: Creio que estamos numa altura em que a música se tornou um produto e que por vezes perde o valor para se tornar uma ferramenta para a fama, ou um pretexto para vender imagem. O apoio dos media é um paradigma porque é absolutamente fundamental e tem contribuído para a divulgação de projectos novos, inovadores e com muita qualidade, mas não deixa de ser também promotor do produto “música” com as vicissitudes inerentes da fama e da venda da imagem.
Sentimos que há falta de tempo e por vezes de silêncio, para se ter vontade de ouvir e de apreciar devidamente a música. Felizmente, cada vez mais, as pessoas vão procurando o que gostam e aí, uma vez mais, o apoio dos media é fundamental, uma vez que divulgam o que de melhor se faz por cá e lá fora.

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