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Entrevista | Cavaliers Of Fun — “Astral Division” é «música para dançar contemplando as estrelas»

“Astral Division”, o primeiro longa duração de Cavaliers Of Fun. Em entrevista conhecemos um pouco mais do percurso de Cavaliers Of Fun, bem como do disco de estreia.

Cavaliers Of Fun

Como é que surgiram os Cavaliers Of Fun?
Em Londres, em 2009, estava a entregar flyers para um festival que se chamava Stag&Dagger. Passa por mim Jarvis Cocker, JC (the one and only). E eu digo “Jesus Cristo”, e ele diz “hey, temos as mesmas iniciais mas não sou ele”. Nesse momento percebi que queria fazer música como Ricco Vitali e ter as mesmas iniciais de Ruben Valter.

Depois de dois ep’s lançaram recentemente o disco de estreia. Como definem este trabalho?
10 canções dentro de um cilindro a que a civilização chamada de Compact Disc. Com o declínio desse objeto podemos mesmo dizer 10 momentos, 10 dimensões espaciais à distância de um click.

Cavaliers of Fun - astral divisionE que mensagem há por detrás deste “Astral Division”?
“Astral Division” é uma organização secreta em contacto com civilizações super avançadas de outras galáxias. Localização desconhecida, mas há quem aponte para a Musgueira. Não, estou a brincar (risos). É real e estas canções são as coordenadas para se avançar no espaço e no tempo. Diria mesmo que toda a humanidade precisa de conhecer “Astral Division” porque a chave para o futuro de todos nós começa em Waves e acaba em Dimensions. Agora pensa! (risos)

Em relação aos ep’s anteriores, que diferenças encontramos nestas novas músicas?
Há pontos de contacto. É música para dançar contemplando as estrelas, mas há talvez mais elementos orgânicos, como bateria, guitarra, baixo… Mas a pop tropical espacial mantém-se com fio condutor.

Participarem no EDP Live Bands foi importante para se darem a crescer e o vosso crescimento enquanto banda?
Essencial. Motivou-nos a querer mais e deu-nos a oportunidade de tocar no Alive e no BBK em Bilbao. E ainda, e mais importante, de gravar este disco.

Desde a vossa formação que tem passado por vários clubes conceituados. Há algum lugar em particular que vos ficou na memória? E algum que ambicionem atuar?
Tocar no Razzmatazz foi especial. É um clube com óptimo vibe. E sim há um clube na Constelação de Fyuig que se chama Gullit que reza a lenda terá sido o palco para o último concerto dos I’m not a Boy I’m your Mother, mítica banda de punk acústico metal jazz do Cosmos. A ser verdade, tocar no Gullit seria épico.

Curiosidade: porque o nome Cavaliers Of Fun?
Fun fact. Miami, 1982: Era um barão de droga num cartel mexicano. O meu nome, na altura, era Pablo e conduzia um Testarossa. Tudo normal. Setembro, 21: Dia de sol mas com algumas nuvens no céu, pensei: “vai chover”. Levo esta parka no Testarossa. Não choveu. Mas a Parka andou comigo o dia inteiro. Nesse dia pensei se tivesse uma banda chamaria-lhe Cavaliers of Fun porque para ter um dia de merda e andar com uma parka na parte de trás do carro a estorvar, basta olhar para o céu. Nunca mais gostei de nuvens. Verdade.

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