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Entrevista | Just Under: “Queremos e gostávamos apenas que o público em geral valorizasse o nosso trabalho”

Just Under é uma banda de Cem Soldos/Tomar. Surge em 2006 pela reunião de quatro membros com vontade de criar e dar a conhecer as suas próprias músicas. No seu percurso contam-se já dois EP’s e mais recentemente com “Peculiar”, primeiro álbum.
Just Under são Rufino (guitarra e voz); João Pedro (guitarra, teclas e vocais de apoio); Fábio (bateria) e Simão (baixo).

Made in Portugal: Comecemos pelas apresentações. Quem são os Just Under?
Just Under: Os Just Under são um grupo de amigos que tem como ligação a paixão pela musica, o prazer de compor e tocar ao vivo. João Rufino na guitarra e voz, Fábio Rodrigues na bateria, João Pedro na guitarra solo, teclas, segundas vozes e Simão Mourão na guitarra baixo completam o quarteto. – Fábio

MIP: Curiosidade: porque o nome Just Under para a banda? 
J. U.: Então, o nome dos Just Under surgiu porque a certa altura de já estarmos em ensaios foi-nos feito um convite para tocar num festival, mas a banda ainda não tinha nome. Depois de algumas ideias lançadas ao ar com a ajuda de vários amigos, eis que surgem duas palavras em separado em que um dos membros as pronunciou seguidas, ficando assim o nome até hoje. – Fábio


MIP: “Peculiar” é o vosso primeiro álbum. O que podemos encontrar no disco? Como o definem?
J. U.: No nosso primeiro álbum, podem encontrar oito temas, nos quais dois instrumentais, um cover de Madredeus “ O Pastor” e os restantes temas escritos em Português. Definimos o álbum de uma maneira muito peculiar assim como refere o nome, pois revemos nele um pouco de todos nós, um pouco das nossas particularidades, das nossas histórias.- Simão


MIP: O lançamento oficial de “Peculiar” aconteceu dia 25 de Maio na associação SCOCS, em Cem Soldos (Tomar). Falem-nos do concerto.
J. U.: Uma hora de Indie rock alternativo tuga na máxima força, onde apresentamos todos os temas que compõem o álbum “Peculiar”, álbum que fala de histórias e ideias, umas vividas outras fantasiadas. Quem nos tem acompanhado, penso que sentiu nestes novos temas uma sonoridade mais madura. – Rufino

MIP: Como é o vosso processo de composição? Cada um tem uma tarefa (um escreve a letra, outro compõe a melodia…) ou fazem tudo junto?
J. U.: O processo de composição deste álbum assim como referimos anteriormente tem um pouco de todos nós, normalmente um de nós traz de casa uma ideia que surgiu. Por exemplo neste álbum compusemos um tema com um riff que o Fábio (baterista) apresentou. Depois já em ensaio cada um de nós faz a sua parte de composição e trocamos ideias, acrescentamos arranjos até que a música nos soe da melhor forma. Quanto ás letras já todos escrevemos, mas neste álbum as músicas são escritas pelo Simão e pelo Fábio. – Simão

MIP: Quais as vossas influências musicais?
J. U.: Existem algumas bandas que ouvimos em comum como Arctic monkeys, Linda Martini, The Strokes, Ornatos Violeta entre outras.
Mas depois cada um tem bandas ou músicos que os outros elementos não ouvem como Black Rebel Motorcycle Club, Mogwai, Memória de Peixe, The XX, etc. – Rufino

MIP: Consideram que actualmente as plataformas digitais e as redes sociais constituem a melhor forma de promoção às novas bandas?
J. U.: Sim. As redes sociais, nomeadamente o Facebook e algumas plataformas digitais como por exemplo o YouTube são sem dúvida alguma, a melhor forma de promoção e divulgação do trabalho e conteúdo de bandas que procurem começar o lançamento do seu projeto musical.
Isto porque para algo ou alguém sem experiência no ramo ou com poucas posses para expansão através de outros meios como as revistas ou até os canais de televisão, este tipo de objetos tornam-se bastante acessíveis e até, por vezes, de mais fácil e rápida divulgação de conteúdo. – João Pedro

MIP: Como ambicionam que seja o futuro dos Just Under?
J. U.: Boa pergunta.
O futuro é algo que assusta qualquer um e acreditem que as nossas expectativas não são de ganhar um EMI com este álbum. Pelo menos não para já!
Queremos e gostávamos apenas que o público em geral valorizasse o nosso trabalho pelo conteúdo que este possui. Que valorizassem a música portuguesa que soubemos criar e elaborar.
É diferente construir e assumir a música portuguesa porque a responsabilidade é sempre a mais elevada. Há um certo nível de respeito a manter pela nossa língua materna. Não há espaço para gafes.
Mas isso não nos assusta. Estamos confiantes no nosso trabalho, no esqueleto que conseguimos montar e ansiosos por ouvir o que a malta tem para dizer da nossa obra! – João Pedro


Fotos: Pedro Mendes
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