Os Riding Pânico são uma banda lisboeta, criada em 2004 e formada por elementos dos Paus, If Lucy Fell e Men Eater – (Carlos BB, Makoto Yagyu, Jorge Manso, Joao Nogueira, Shela e Fabio Jevelim).
Estiveram afastados do estúdio por alguns anos após a edição de “Lady Cobra” em 2008, e voltam este ano 2013 aos discos com “Homem Elefante”. Neste novo registo tão aguardado pelo público criam ambientes eléctricos mergulhados em tragédia e riso. O seu universo é rico em densidade musical onde texturas melancólicas, gestos dissonantes e loops de guitarras trabalham em conjunto para dissimular as próprias identidades.
Fábio Jevelim, membro da banda concedeu-nos uma entrevista. Confira:
Made in Portugal: Cinco anos depois estão de volta com um novo disco “Homem Elefante”. A que se deveu estes anos sem gravar?
Riding Pânico: Deveu-se a acontecimentos na vida de cada um de nós que nos impediu de estar a 100% na banda. Acabaram por forçar esta pausa apesar de, ao longo destes 5 anos, darmos concertos pontualmente, nunca nos conseguimos concentrar na composição total de um disco porque fisicamente não estávamos juntos.
MIP: O que traz de novo este disco, em relação aos anteriores?
R. P.: Traz seis pessoas com uma evolução de cinco anos, com novas influências, com amadurecimento musical e sensorial mas igualmente expansivas.
MIP: Numa altura em que cada vez mais as tecnologias e a internet dominam, o que vos levou a lançar o disco em vinil?
R. P.: Dado a essa evolução tecnológica, decidimos oferecer o álbum para download gratuito no nosso Soundcloud e lançámos em vinil porque é a melhor peça física feita pela indústria musical.
MIP: Quem é o Homem Elefante, que dá nome ao disco?
R. P.: O Homem Elefante somos todos nós, devido a essa mutação genética fizemos estas músicas… Isto poderia ser o conceito do Homem Elefante mas não o é, na realidade não tem conceito nenhum foi apenas um nome que surgiu para o álbum ter nome.
MIP: Quais as vossas influências musicais?
R. P.: A vida.
MIP: O que podemos esperar de um concerto vosso?
R. P.: Sensações extremas e amor a acontecer no momento, podem esperar a nossa entrega total e sincera.
MIP: Curiosidade: porque o nome Riding Pânico?
R. P.: Esta é a pergunta mais cansada de sempre a qual eu nem sei responder…
MIP: Para os que ainda tem dúvidas em adquirir o vosso disco, deem uma razão para o fazerem.
R. P.: Não tenho formação em vendas por isso o que posso dizer é para fazerem download do álbum gratuito e, se sentirem a vossa avó a subir-vos pelas pernas com uma faca na boca, comprem o álbum!
MIP: Como definem actualmente a música em Portugal?
R. P.: A música em Portugal está na melhor forma de sempre, já não há tantas bandas a tentarem ser iguais às outras, a criatividade/formação musical/cultura musical está no seu expoente máximo e as bandas são 10000x melhores do que em alguma época na história da nossa música, a única diferença é que ganham 10000x menos, mas o amor supera a moeda e estamos aqui todos juntos a tentar transmitir essas sensações.