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[Entrevista] The Gift nos Coliseus: “Vontade de fazer destas duas datas os concertos da nossa vida”
Os The Gift apresentam “ALTAR”, disco editado em abril de 2017, esta sexta feira, dia 02 de março no Coliseu do Porto, e sábado, 03 de março no Coliseu de Lisboa.
O Made In Portugal esteve à conversa com John Gonçalves, membro da banda de Alcobaça, que nos desvendou um pouco mais desses concertos e da tour Altar.
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The Gift

 

No passado sábado actuaram em Londres, na igreja Union Chapel. Como foi a experiência de atuar num local diferente do habitual?

A experiência foi maravilhosa, porque não só tocámos numa sala mítica e tecnicamente perfeita, como também a nossa performance e a reacção do público foi algo que não vamos esquecer tão depressa. Nós temos estado a preparar estes espetáculos na Union Chapel e nos Coliseus há algumas semanas e todos eles são diferentes e com particularidades únicas em cada um desses concertos e no caso de Londres a ideia era usar a sala como parte integrante da estética musical e visual do espetáculo e isso resultou na plenitude.

“Os Coliseus são para nós locais também sagrados, míticos e onde vimos os melhores concertos das nossas vidas”

Este fim de semana irão apresentar “Altar” nos Coliseus. O que pode o público esperar destes concertos? Muitas surpresas reservadas?

Os Coliseus são para nós locais também sagrados, míticos e onde vimos os melhores concertos das nossas vidas. É uma sala que conhecemos bem e onde tocámos Vinyl, Film, Fácil de Entender com orquestra, o Explode e Primavera e agora chega a hora de apresentar o álbum das nossas vidas nas salas que mais respeitamos. O público pode esperar dois concertos distintos, preparados meticulosamente para que a experiência de quem nos veja, seja única. As surpresas são basicamente ao nível de alinhamento, de remisturar temas antigos com uma roupagem de 2018, uma cenografia e iluminação muito cuidada e a nossa vontade de fazer destas duas datas os concertos da nossa vida.

Os concertos serão essencialmente focados no vosso último álbum ou irão também tocar temas mais antigos, há muito não ouvidos? Em suma, o que pergunto é se podem desvendar um pouco do alinhamento dos concertos?

Os alinhamentos terão pontos em comum no Porto e em Lisboa, especialmente o Altar que chega a estes concertos no seu melhor momento depois de termos tocado este disco em mais de 100 apresentações cá e no estrangeiro. Depois teremos muitas canções antigas que serão tocadas no Porto e que não serão repetidas em Lisboa para que esse efeito surpresa seja uma constante em todo o concerto.

“Damos a oportunidade ao nosso público de poder levar para casa uma noite única”

Após os concertos irão disponibilizar o áudio dos mesmos. Como e porquê surgiu esta ideia?

A mecânica funciona de forma muito simples. O público pode comprar um cartão com um código único que permitirá passadas umas horas fazer download do concerto que as pessoas acabaram de ouvir. Não é a primeira vez que vendemos concertos a porta dum concerto, mas antigamente, há mais de 10 anos, gravávamos e vendíamos em CD. Hoje damos a oportunidade ao nosso público de poder levar para casa uma noite única. A Arte da música tem a componente de disco e tem a componente ao vivo. Se o disco está feito e ficará para sempre assim, o ao vivo permite-nos criar coisas novas no palco e assim disponibilizar a quem viu este concerto que as guarde para sempre na sua memória afetiva e visual e que possa sempre ouvir o que sentiu e viveu nos Coliseus.

É uma forma de tentar que as pessoas desfrutem ao máximo do concerto sem que estejam agarradas aos smartphones a fazer as suas próprias gravações? (algo tão comum nos dias de hoje)

Nós não educamos o público a como se deve comportar num concerto e sabemos que o nosso publico é heterogéneo e pode estar a dançar sem telefones, como pode existir público que não vive sem o telefone. O que queremos é que as pessoas aproveitem ao máximo o concerto que vão ver no Porto e em Lisboa e que depois possam levar para casa essa memória audio de um concerto que esperamos que seja Histórico na nossa carreira e marcante para quem o viu ao vivo.

“Temos que convencer alguns promotores que merece a pena levar The Gift a apresentar este Altar aos quatro cantos do mundo”

Tem percorrido vários países com “Altar” (Holanda, EUA, Alemanha, Espanha, Brasil…). Depois dos concertos nos Coliseus seguem para Luxemburgo e Amesterdão, no verão actuarão também na Rússia. Como tem sido a experiência de tocar em locais tão distintos?

Tem sido uma boa experiência mas sabemos que a “procissão ainda vai no adro”, passo a expressão. Sabemos que este disco está a ser ouvido em todo o mundo, está a ser falado através de blogs, sites, media, rádios, em todo o mundo e agora cabe-nos a nós criar as condições para que possamos tocar em muito mais países. No outro dia fui ver os OMD à Aula Magna e o vocalista perguntava como foi possível nunca terem tocado cá? e a resposta é óbvia… Apesar do público gostar da banda e ouvir a banda, nunca houve promotores que convidaram a banda a tocar cá. Nós temos que convencer alguns promotores que merece a pena levar The Gift a apresentar este Altar aos quatro cantos do mundo e esse será o nosso maior desafio pelo menos até final de 2018.

Quais as vossas ambições para o futuro da banda?

As nossas ambições passam no imediato por fazer os concertos das nossas vidas nos Coliseus de Porto e Lisboa. Esse é o nosso maior objetivo agora. Depois, queremos continuar a apresentar este disco em muitos países e não colocamos de lado a hipótese de abrir para uma banda maior, com mais visibilidade mundialmente para que possamos mostrar este disco a plateias maiores e finalmente temos o sonho de sempre que é tentar tocar o maior número de vezes, para o maior número de pessoas possível.

Entrevista: Daniela Henriques

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