José Mário Branco faleceu aos 77 anos durante a noite de segunda para terça-feira após um acidente vascular cerebral (AVC). O seu percurso foi desde a música de intervenção e a canção de Abril ao fado.
Considerado um dos maiores nomes da música portuguesa, José Mário Monteiro Guedes Branco nasceu no Porto no ano de 1942 e estudou História nas Universidades de Coimbra e do Porto, curso que não chegou a terminar. Foi militante do Partido Comunista Português (PCP) e a ditadura obrigá-lo-ia a exilar-se em França, para onde viajou em 1963, tendo regressado a Portugal em 1974. É autor do emblemático álbum “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” (1971), de “Margem de Certa Maneira” (1973), “A Mãe” (1978), do duplo “Ser solidário” (1982), “A Noite” (1985), “Correspondências” (1990) ou “Resistir é Vencer” (2004).
José Mário Branco lançou o seu último álbum de originais, em 2004, com o nome “Resistir é vencer”, em homenagem ao povo timorense.
Foi músico, autor e responsável pela produção e arranjos musicais de uma série de discos de outros artistas portugueses, como Sérgio Godinho, Fausto Bordalo Dias ou Zeca Afonso.