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Faleceu a pianista Olga Prats
Olga Prats, pianista e professora, faleceu esta sexta-feira em casa, em Cascais, com 82 anos, vítima de doença oncológica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou as condolências à família da pianista Olga Prats, lembrando que teve a “honra e o prazer” de a conhecer.

Já o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, lamentou a morte da pianista Olga Prats, lembrando-a como um “nome maior do panorama musical português” e manifestando “tristeza pessoal“.

Biografia

Iniciou a sua formação aos cinco anos de idade com a sua mãe e o professor e pedagogo João Maria Abreu e Motta, a título particular, tendo realizado o seu primeiro recital no Teatro Municipal de São Luís, aos quatorze anos (em 1952). Com dezanove anos concluiu o Curso de Piano no Conservatório Nacional.

Frequentou cursos de aperfeiçoamento em Colónia na Escola Superior de Música durante dois anos nos quais teve como professores Gaspar Cassadó e Karl Pillney e como bolseira pelo governo alemão em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, em 1959 em Friburgo, sendo seus professores Carl Seeman e Sándor Végh. Durante os seus estudos na Alemanha ganhou o prémio para melhor estudante estrangeira em 1958. Quando regressou a Portugal, em 1960, continuou a sua formação musical com Helena Moreira de Sá e Costa, tendo ganho em 1965 ainda como sua aluna, o Prémio Luís Costa atribuido à melhor intérprete de música espanhola.

Foi convidada para ser professora de piano nas classes de música de câmara de Paul Tortelier, Ludwig Streicher e Karen Georgian. Tocou com inúmeras Orquestras, de entre muitas outras destacam-se: Orquestra de Câmara do Festival de Pommersfelden; Orquestra Gulbenkian; Orquestra Sinfónica de Buenos Aires; Orquestra do Porto; Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Deu especial relevo para a produção contemporânea desde a música de compositores portugueses de música de salão dos séculos XIX e à de Fernando Lopes Graça (este já do século XX) até à música de Astor Piazzola, tendo sido a primeira em Portugal a interpretá-la e a gravá-la.

Foi membro fundador de vários grupos: Duo de piano e violeta com Ana Bela Chaves (1969); Grupo de Câmara do Festival do Estoril; Opus Ensemble (1980); Colecviva – Grupo Experimental de Teatro Musical Contemporâneo (1975).

Foi ainda jurada em concursos de interpretação nacionais e internacionais, entre outros: Concurso de Música de Câmara da Rádio da Baviera; Concurso Internacional de Piano Viana da Motta; Prémio Jovens Músicos.

Fonte: pianobidos.org
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