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Pedro Abrunhosa edita coletânea

Meia dúzia de discos para dúzia e meia de anos. É certo que se descontam, nesta contabilidade criativa, os registos ao vivo, as compilações de remisturas, os singles, as colaborações. Pode parecer pouco – um novo disco para cada três anos. Mas convém não perder de vista que estamos a falar de Pedro Abrunhosa e que cada um dos seus passos deixa uma marca indelével. Ou seja: não há escassez, défice, falha ou sequer abrandamento na intensidade e no gosto irrepreensível das canções de Pedro, aqui reunidas para ilustrar um ciclo arrasador, em que começaram por prometer-se “Viagens” e acabou por chegar-se “Longe”, sem riscos de ficarmos por aqui.

As palavras são de João Gobern. O jornalista escreveu o texto que acompanha esta edição especial – que irá ser editada dia 26 – e continua assim: “Desde que Abrunhosa pôs o país a dançar e a pensar, a responder e a agir, com “Não Posso +”, “Lua”, “É Preciso Ter Calma”, o mundo mudou radicalmente. E Abrunhosa mudou com o mundo, além de ter contribuído, de forma guerreira e romântica, para mudar o mundo. Deu-nos sempre, como guia, uma só palavra de cada vez: “Tempo”, “Silêncio”, “Momento”, “Luz”. Deu-nos sempre, como guião, uma palavra que pode valer mil significados, que cada um pode chamar a si, que serve como lugar íntimo e como praça pública. É nessa ambivalência extraordinária, nos longos trajectos que separam a identificação da mobilização e esta da libertação que passeia a arte maior de Pedro Abrunhosa.”

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