A pianista Maria João Pires voltou a ser nomeada como Melhor Intérprete a Solo para os prémios de música norte-americanos Grammy.
Maria João Pires foi nomeada na categoria de Melhor Intérprete a Solo pelo álbum Sonatas n.ºs 16 e 21 de Franz Schubert, editado em fevereiro último pela Deutsche Grammophon.
A nomeação de Maria João Pires para a 56.ª edição dos Grammy sucede à nomeação da pianista para a mesma categoria dos prémios de música norte-americanos em 2009.
O novo álbum da pianista integra a sonata n.ºs 16 em Lá menor e a Sonata n.º 21 em Si bemol maior. A Sonata n.º 16 foi apresentada pelo compositor austríaco como a sua «Primeira Grande Sonata» quando a deu para imprimir no outono de 1825, tendo-a dedicado ao arquiduque Rudolfo da Áustria, em sinal de gratidão para com o mecenas da música.
Já a Sonata n.º 21, a derradeira de Franz Schubert, foi terminada pouco antes da morte do compositor e é considerada uma das mais substanciais obras para piano da última fase de Schubert, escreve o musicólogo Michael Kube, na apresentação do disco.
A pianista portuguesa gravara já a última Sonata de Schubert, com alguns «Impromptus», na década de 1980. Este disco, um duplo CD da pianista, publicado em 1997, vendeu mais de 100.000 unidades.
Nascida a 23 de julho de 1944, em Lisboa, Maria João Pires é a mais internacional pianista portuguesa, tendo chamado a atenção do público e da crítica com a vitória no Concurso Beethoven, em Bruxelas, em 1970, após o que gravou, na íntegra, as Sonatas para piano, de Mozart.
A pianista, que também inclui no seu repertório Chopin, Bach, Schumann e Beethoven, entre outros compositores, tem-se apresentado com regularidade nas principais salas de concerto, a nível mundial.