Perante uma sala Luís de Freitas Branco esgotada, Marta Pereira da Costa apresentou-se em nome próprio num concerto intimista, acompanhada por Carlos Leitão na viola de Fado, e Paulo Paz no contrabaixo.
A abrir o que viria a ser um concerto muito aplaudido, a primeira mulher a tocar profissionalmente a guitarra portuguesa no Fado, e os músicos que a acompanharam tocaram versões de Carlos Paredes e Variações em Sol.
Como primeiro convidado, Marta chamou ao palco Rodrigo Costa Félix, seu esposo, para interpretar dois temas, entre eles “Mulher” que o fadista dedicou à sua esposa Marta Pereira da Costa, não sem antes referir ser “um prazer e um orgulho ver a Marta no CCB” acrescentando que da próxima vez será no Grande Auditório.
Entre versões e temas próprios, foi possível escutar os originais de Marta “Terra” e “Minha Alma”.
Ricardo Mendes foi o segundo convidado do concerto, acompanhando então o trio inicial com o seu violino. Carlos Leitão toma então espaço também ao microfone e interpreta então dois temas de sua autoria, aproveitando para salientar que tem um “gosto tremendo” em cruzar-se “com pessoas de bem do Fado”. Seguiram-se Variações em Ré de Armandinho.
Com o concerto a terminar Marta aproveitava os últimos momentos para agradecer emotivamente ao público presente, e a todos os que tornaram o concerto possível, referindo que o que mais gosta é de tocar guitarra e ter alguém do outro lado para a ouvir. A guitarrista termina o concerto com um “espero ver-vos em breve”, iniciando então a interpretação de uma versão de “Além Terra” de Mário Pacheco.
O concerto culmina com uma ovação de pé e de muitos sorrisos no rosto por parte do público, face a um concerto com muito profissionalismo e sobretudo muita dedicação e amor ao Fado.
Marta Pereira da Costa editará ainda este ano o seu primeiro disco em nome próprio, após diversas colaborações já realizadas, das quais se destaca mais recentemente a colaboração no disco “Brincar aos Fados”, um projeto idealizado por Rodrigo Costa Félix, e direcionado para as crianças.
Texto e fotos: Márcia Filipa Moura