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Reportagem | Meo Arena esgotado na celebração dos 35 anos de carreira de Rui Veloso

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A comemoração dos 35 anos de carreira de Rui Veloso realizou-se num MEO arena esgotado que celebrou os êxitos do pai do Rock Português.

Introduzido por um coro gospel da Escola Superior de Música de Lisboa, Rui saudou o público sentado com a sua acústica e as poses que tão bem o caracterizam. “Sei de uma camponesa” foi o primeiro tema em que o público se fez ouvir, mas foi com um “Prometido é devido” cheio de solos instrumentais que a sala se rendeu. “Já não há canções de amor” cheia de ternura encerra os temas acústicos que iniciaram o concerto e com “Nunca me esqueci de ti” é iniciada uma secção mais elétrica. “Todo o tempo do mundo” tem direito a introdução e convidado especial: Mário Barreiros na guitarra, o qual ficaria para grande parte do resto de espetáculo. O desfile de sucessos não parou e “Porto Couvo” é cantado por milhares de vozes. Nesta altura já é percetível que estas canções são de todos, constituindo a banda sonora de 3 décadas de um país de 10 milhões de almas que partilham memórias numa língua com muita história e lugares tão bem musicados pelo autor que esta noite subiu ao palco.

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Com o seu “Lado lunar” o músico com pronúncia do norte traz ritmo ao espetáculo antes de apresentar António Serrão para uma harmónica que acompanha “Porto Sentido” mas que iria adornar muitas mais canções. Mariza é a terceira convidada da noite para “Não queiras saber de mim” um dos momentos mais arrepiantes com harmónica e vozes a casarem e a fazerem a audiência aplaudir de pé.
O palco adornado com panos brancos e jogos de luzes a condizer conferia um tom cerimonial apropriado à ocasião. Altura para um musculado solo de guitarra elétrica bem no fim de “A Ilha”. Para “Irmãos de sangue” dedicada ao filho, brilham um trio de metais com soberbos solos. Segue-se um medley muito ritmado com temas como “Rapariguinha do shopping”, “Máquina Zero” ou “Morena de Azul”. As raízes Blues chegam com “Sayano” mas atingem o auge ao som de “Chico Fininho”, sempre com a harmónica do Espanhol António Serrano a enfatizar ainda mais o som das terras do tio Sam. Para terminar a homenagem a Carlos Tê e o recente e comovente tema “Do meu país” que apesar de ter ser sido escrito sobre Moçambique, tão bem se adapta à realidade Lusitana.

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A plateia cheia de gente de todas as idades chamou e os músicos regressaram com uma versão acústica com 3 guitarras de “Jura”. Houve ainda tempo para um “Fado do ladrão enamorado” e para “Primeiros beijos”. Mas foi “A Paixão” e “Não há estrelas no céu” que levaram o público ao auge. O concerto terminou em festa com “Baile da paróquia” num tom popular que fez todos regressarem a casa bem-dispostos.

Sem dúvida um concerto extraordinário com convidados de luxo e que todos os presentes se irão recordar com saudade.

Texto e fotos: Pedro Pico

Rui Veloso - Meo Arena 35 anos de carreira (3)

 

 

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