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Xutos & Pontapés e Linda Martini na 3ª edição de Live Freedom

Aproxima-se a terceira edição do “Live Freedom”, o evento em que a música, o humor e os direitos humanos se juntam numa noite de homenagem às vítimas de violações dos direitos humanos de vários países em todo o mundo.

O “Live Freedom III” vai decorrer mais uma vez no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. Nesta 3ª edição, pretende-se novamente promover a “Maratona de Cartas” da Amnistia Internacional. Duas reconhecidas bandas nacionais vão dar voz a casos de vítimas e de defensores de direitos humanos integrados na Maratona de Cartas, o maior evento mundial da Amnistia Internacional. Em 2013, a Maratona contou com a participação de cerca de 2,3 milhões de apelos de centenas de milhares de pessoas de 143 países.

Portugal foi o sexto país com mais participações – ao todo, foram enviados mais de 96 mil apelos!



Para ultrapassarmos estes números, contamos este ano com apresentação de Ricardo Araújo Pereira e o apoio da Rádio Comercial, e com as bandas Xutos & Pontapés e Linda Martini. Todos juntos, queremos chamar a atenção para o trabalho da Amnistia Internacional e, sobretudo, para 4 dos casos da Maratona de Cartas 2014:
1) Liu Ping, China: condenada a mais de 6 anos de prisão em 2014, como resultado da sua luta contra a corrupção. É um dos elementos do “Movimento dos Novos Cidadãos” (New Citizen’s Movement), uma rede de activistas pelos direitos humanos cujos membros têm sido perseguidos e detidos pelas autoridades chinesas. Foi torturada enquanto esteve detida.

2) Chelsea  Manning,  E.U.A.: a 21 de agosto de 2013, Chelsea Manning, que então integrava o exército norte-americano,  divulgou documentos confidenciais no site Wikileaks. A condenação foi de 35 anos de pena de prisão. Algum do material que Manning publicitou indiciava possíveis e graves violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário, cometidas pelos soldados norte-americanos, e pelas forças militares iraquianas e afegãs que combateram ao lado do exército dos E.U.A., bem como pela C.I.A., no contexto das operações de contra-terrorismo. Manning esteve onze meses em isolamento durante a detenção pré-julgamento.

3) Moses Akatugba, Nigéria: Após 8 anos detido sem julgamento, Moses Akatugba foi condenado em 2013 à pena de morte por assalto à mão armada – um crime que nega ter cometido. À Amnistia Internacional, Moses contou que foi torturado: foi atado e suspenso do teto, tendo-lhe sido extraídas as unhas das mãos e dos pés. Foi depois forçado a assinar duas confissões previamente redigidas. Moses Akatugba tinha apenas 16 anos quando foi preso, em novembro de 2005. De acordo com a lei internacional, nunca poderia ter sido  condenado à pena capital, pois era menor ao tempo da prática dos alegados factos.

4) Mulheres da comunidade de Mkhondo, África do Sul: Grávidas e recém-mamãs estão a morrer na comunidade de Mkhondo, na África do Sul, por não terrem acesso a serviços de saúde pré-natal. A questão do acesso a cuidados médicos está também relacionada com o elevado risco de infecção pelo VIH SIDA e de gravidezes não planeadas. Mais de 10% das raparigas com menos de 18 anos estão grávidas. Muitas desconhecem a importância dos cuidados de saúde pré-natal, ou não têm acesso a clínicas devido à falta de transporte ou ao seu elevado preço. Há também grandes falhas em termos de pessoal médico com experiência e de meios como ambulâncias.

A Maratona de Cartas é a maior iniciativa global da Amnistia Internacional que anualmente visa promover o envio massivo de cartas e postais por ativistas de todo o mundo para as autoridades de diversos países, em protesto contra as violações de direitos humanos.  

Informação adicional: 
A Amnistia Internacional é a maior organização não governamental de defesa e de promoção dos direitos humanos em todo o mundo e conta com mais de 3 milhões de membros e apoiantes. Segundo o seu fundador, o advogado inglês Peter Benenson, a ideia de criar a Amnistia surgiu em 1961, a partir do caso de dois estudantes portugueses, detidos pelo regime de Salazar no tempo da ditadura quando faziam um brinde à liberdade.
Desde então, nunca mais a Amnistia parou de trabalhar para proteger homens, mulheres e crianças, muitas vezes com o apoio de artistas de todo o mundo, que querem juntar-se a este esforço global contra as injustiças, inspirando os outros a participar e a agir pelos direitos humanos!

Bilhetes à venda nos locais habituais: 10 € / 8€ para membros e apoiantes da Amnistia Portugal.
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