Galeria de Fotos do Concerto

“Isto é um colectivo. Porque colectivo soa melhor que projecto, porque colectivo é mais fofinho”. É desta forma que André Tentugal, apresenta os There Must Be a Place, um projecto, isto é, um colectivo que juntou os We Trust aos Best Youth,  os primeiros apresentaram, em 2011, o mais que viral “Time (Better Not Stop)”, os segundos, lançaram “Hang Out”. Em comum têm o facto de terem um passado de amizade, músicos partilhados e o facto de todos poderem dizer que fizeram parte dos alinhamentos nos maiores festivais “independentes”: Optimos Alive, Optimus Primavera Sound e Paredes de Coura.

Depois de feitas as apresentações, o multidisciplinar André Tentugal explicou que este concerto que encheu o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, não tinha sido pensado no inicio da Tour, mas tal foi a força que viram por parte dos fãs lisboetas que decidiram arranjar um espacinho para trazer um bocadinho de magia àqueles que tiveram a sorte de os ouvir neste passado sábado.

Com um registo certamente mais acústico e mais pessoal, mesmo mais emocional, os There Must Be a Place aqueceram os corações da plateia, composta na linha da frente por amigos chegados e família, que deu duzentos por cento para apoiar estes jovens. Catarina Salinas, vocalista dos Best Youth, apesar de não tão faladora, mas muito dada a cantar, foi ao longo do concerto agradecendo o grande apoio que os fãs lisboetas estavam a dar naquele momento, dizendo quase em surdina, que sem querer ofender ninguém este estava a ser o concerto em que se sentiam mais com o público, público este que não quis decepcionar e mostrou que conhecia o álbum e que, para além deste projecto, conheciam também os vários temas dos projectos individuais de ambos os grupos.

O momento alto do concerto, foi certamente, já perto do fim, quando a sequência de músicas entrou em modo “vamos por o público a pular”, sendo as últimas quatro músicas “Hang Out” e “Honey Trap”, os cartões dourados dos Best Youth, e “Time (Better Not Stop)”, a música que levou os We Trust ao top e, para terminar, “Surrender” deste último álbum conjunto.

Os músicos despediram-se, com um enorme aplauso do público, André Tentugal pediu a todos para “que sejam felizes, apesar destes não serem os tempos mais fáceis” e saiu de palco. Todos sabiam que ainda voltariam a palco para o encore, mas mesmo os músicos ficaram admirados quando o público continuou a cantar em conjunto e de forma melódica a melodia de “Surrender”.

Voltando depois para brindar o público com “When All The Lights” e “Summer”, os músicos despediram-se emocionados, agradecendo do coração o apoio que o público lhes tem dado ao longo desta tour de inverno e por o público de Lisboa, em especial, ter sido tão acolhedor.

Os There Must Be a Place vão continuar a tour, passando esta quarta-feira, dia 13, pela Casa da Música no Porto, depois por Bragança (dia 13), depois por Ílhavo (dia 14) e terminando no dia 30 no Casino de Felgueiras.

Para quem ainda não conhece o projecto, isto é, o colectivo, o álbum está disponível para download gratuito em http://goo.gl/C6Y0J.

Para terminar há que desejar toda a sorte para estes jovens que mostram que a música feita em Portugal tem cartas para dar, cá e no estrangeiro.


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