Elisa, cantora e compositora Madeirense, junta-se a Tiago Nogueira numa nova versão de “Este Meu Jeito”, uma das canções mais acarinhadas do seu repertório. O que antes era um monólogo interior transforma-se num diálogo sereno entre duas vozes que se reconhecem e que, juntas, encontram aceitação mútua e espaço para respirar. A canção já pode ser ouvida em todas as plataformas.
Mantendo a sua essência, um hino à autoaceitação e à liberdade de não caber em rótulos nem expectativas, “Este Meu Jeito” ganha uma nova dimensão com a presença de outra voz, outro olhar. Há uma escuta mútua, um espelho sem julgamentos, e a certeza de que a intimidade também se constrói quando alguém nos vê e escolhe ficar.
Aceitarmo-nos, com todos os nossos defeitos, qualidades e incoerências. Assumirmo-nos como somos e sem rótulos, porque podemos ser mais do que uma coisa. Nesta nova versão, a voz do Tiago veio trazer uma nova perspetiva, uma espécie de diálogo em que percebemos que a outra pessoa nos aceitará da forma que somos.” partilha a cantora e compositora.
Elisa prepara-se para apresentar o seu segundo álbum de originais com uma digressão em nome próprio, marcada para arrancar em novembro. A cantautora passa pelo Porto, a 20 de novembro, com Ricardo Liz Almeida e Nena como convidados; por Coimbra, a 27 de novembro, onde se junta a Tiago Nogueira, Bárbara Tinoco e Nena; pelo Funchal, a 18 de dezembro; e culmina em Lisboa, nos dias 22 e 23 de janeiro, com Bárbara Tinoco, Carolina de Deus e Nena. Do novo disco, ainda sem data de edição anunciada, já são conhecidos os temas “Asas” e “É a Tua Vez”.
Elisa e Tiago Nogueira – Este Meu Jeito [LETRA]
Diz que sou estranha
Que tenho traços especiais
Como se houvesse alguma coisa errada em mim
Que nem se entranha
Que não sei quê não sei que mais
Será que nunca tinham visto alguém assim
Sinto que o mundo vai virando do avesso
Enquanto eu canto e sonho e nunca me aborreço
Quais armas de arremesso
Eu quero é dançar
E ser assim como sou
Deste meu jeito que é meu
Desta forma
Venha o fado que eu
Sambo a morna
Deste meu jeito que é meu
E é feitio
Só sei que a vida é feita p’ra viver
E eu vou viver
Dizem que és tonta
Por ter a franja desigual
E por andar sempre descalça por aí
Que és do contra
Por não ver o telejornal
E que te vestes à rapaz só porque sim
Sinto que o mundo vai virando do avesso
Enquanto falam eu faço e aconteço
Se há festa eu apareço
Eu quero é dançar
E ser assim como sou
Deste meu jeito que é meuDesta forma
Venha o fado que eu
Sambo a morna
Deste meu jeito que é meu
E é feitio
Só sei que a vida é feita p’ra viver
E eu vou viver
Deste meu jeito que é meu
E quero lá saber se sou normal
És um poema de Pessoa, arco-íris-vendaval
Sou Joana D’Arc, és zé-ninguém
Sou quem eu for quando eu quiser, e se incomoda ainda bem
Eu sou assim, és como és
Um palácio inacabado, um infinito atrás do fim
Quero lá saber se isso é normal
Só sou assim
Deste meu jeito que é meu
Desta forma
Venha o fado que euSambo a morna
Deste meu jeito que é meu
E é feitio
Só sei que a vida é feita p’ra viver
E eu vou viver
Deste meu jeito que é meu x2