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xtinto lança álbum de estreia “Latência”

O rapper xtinto acaba de lançar “Latência”, álbum de estreia já disponível em todas as plataformas digitais.

“Latência” é o primeiro longa duração do músico e compositor, e nasce de uma procrastinação conjunta assumida. Entre intérpretes, produtores e instrumentistas, xtinto traz consigo mais de 10 nomes, para além de toda a gente a quem dirige saudáveis responsabilidades pela execução da obra, que se apresenta profundamente intimista. Xtinto assume na introdução do álbum esconder pés de barro com o seu gigantismo e deixa-se vulnerável ao seu público mais fiel, lançando-se num desabafo genuíno de 12 páginas, numa procura no meio do caos que foram este dois últimos anos. De “Marfim” a “Cadáver” a inércia de xtinto é agora também de todos os que o ouvirem.

O artista da cooperativa recém criada, Munnhouse, mantém tudo em família, sendo benji price, mais uma vez, a figura monolítica e basilar de um projeto seu. A cargo de benji price ficou, não só, um verso na faixa “Éden” como diversas produções, pós-produções, mistura e masterização do projeto. Lunn assume as rédeas da produção de três faixas nesta “preguiça” de xtinto. O também membro da Munnhouse deu vida a “Loop”, “Carvão” e “Diabo”, três faixas onde a sua impressão digital é evidente, não só na sua estética como na forma que influencia a entrega do rapper oureense.

Os restantes membros da Munnhouse, Beiro e Kidonov, também têm um papel importante acima de tudo na última faixa e single, “Cadáver”. Quando se escuta esse último suspiro de xtinto, o carrossel de emoções é vasto muito por culpa do instrumental que passa para um beat switch radical e mergulha em drums “jazzisticos” de Beiro e numa bass line de Fred Severo, ambos expostos sob a mistura de Kidonov. Nas restantes faixas notamos convidados como Wugori, Mike El Nite, NoGrad, Lazuli, Naife, Billy Verdasca (também Munnhouse) e Guire.

O disco “Latência” começa o seu caminho em abril de 2020 com o single “Marfim”, que como xtinto o descreveu, um “exercício bélico contra a letargia”. Foi então o prólogo de uma “Latência” que se foi expondo ao público em “Éden”, “Android” e “Cadáver”, ainda que de forma latente e que agora assume a sua fase final, com a exposição íntegra do projeto num derradeiro estímulo.

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