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[entrevista + reportagem] Vê-se tão bem de perto a paixão dos HMB
Dois anos depois os HMB voltaram a atuar no palco da Expofacic. Mais maduros, mais aventureiros e com “Mais”, o álbum que lançaram no ano passado.
Banda HMB - expofacic

HMB

 

Antes do início do concerto, em conversa com a banda, e a propósito deste regresso à Expofacic, Héber Marques referiu que não iriam repetir a história, mas sim refazê-la. “Estamos ansiosos para voltar a escrever uma nova história com o público da Expofacic e fazer com que saiam daqui com vontade de voltar a ver HMB”. Oportunidade de os voltar a ver, ainda este ano, não faltarão. A banda encontra-se, uma vez mais, com uma agenda repleta.

Tem atuado de norte a sul do país, pelas ilhas, e também no estrangeiro. Há umas semanas pisavam o palco Music Valley no Rock In Rio Lisboa para uma multidão, há dias atuavam nos Açores com uma vista de palco magnifica, agora no palco de uma das maiores feiras do país. Para a banda é “uma grande honra” poderem atuar em lugares tão distintos. Referem que aproveitam cada ocasião para crescer, descobrir algo novo e “ir primorando a arte do que se faz e saber que cada ocasião é o que se vive e é só mesmo para essa noite”, salientou Héber.

“Mas afinal onde falta atuar os HMB?”, perguntei e o Joel ‘X’ Xavier respondeu que “agora começamos a pensar em fazer coisas mais fora da caixa, como atuar em telhados de sítios icónicos ou num daqueles camiões que de repente tem tudo. Atuar pelas ruas de Lisboa ou de outra cidade qualquer”, disse brincando, mas Héber até piscou o olho à ideia.

Joel Xavier acrescentou que “há muitos sítios que nós ainda não fomos. Há sítios que nós fomos porque sempre quisemos lá ir, mas outros que nós nem desejávamos muito ir mas ao sairmos de lá ficámos com a sensação de que fizemos bem em ir, portanto é o desfrutar de cada momento”.

Depois de no ano passado terem lançado “Mais”, terceiro álbum de originais, os HMB referem já ter algumas ideias de coisas novas para o futuro, mas que ainda têm que definir bem o que pretendem fazer. Para já, a banda revela que irá lançar ainda este ano um novo single retirado do mais recente disco. “Há vontade de fazer coisas novas, superar o que já foi feito, há vontade de dar a conhecer ao público novas facetas dos HMB”, disse Héber Marques lembrando depois as ideias ‘fora da caixa’. “O X disse, em tom de brincadeira, em tocarmos em telhado de algum sítio icónico, porque não? A Maria João e o Mário Laginha uma vez fizeram um videoclip segurados por um guindaste no meio de um rio, por isso queremos fazer mais memórias destas e dá-las ao público. Não temos ainda definido o que é que vamos fazer, mas temos a vontade que é o mais importante”.

Com 10 anos de carreira, três álbuns lançados, centenas de concertos em Portugal e no estrangeiro (inclusive em vários países de África do Sul), com dois Globos de Ouro (Melhor Música em 2017 com ‘O Amor É Assim’ e Melhor Grupo em 2018), a banda refere que “o maior desafio é manter a chama acesa e tentarmo-nos reinventar. Essa e a parte mais difícil, porque talento há”. (Se há!).

Questionados se há 10 anos atrás esperavam alcançar o que até agora conseguiram, Héber Marques referiu que “alguns sim, eu não. O Joel Silva, por exemplo, sempre acreditou que íamos ganhar um Globo de Ouro, pelo menos um. Eu sou mais como o X de viver o dia a dia, passo a passo e colher alguns frutos daquilo que tem vindo a ser semeado. Nós felizmente estamos numa atividade em que podemos ver isso com alguma regularidade. Os passos que vamos dando atrás rapidamente constatamos se foram bem dados ou não e é um prazer e um orgulho saber que temos dado passos certeiros”. Termina dizendo que “o nosso desejo é continuar a dar esses passos certeiros”.

Após a entrevista, seguiu-se o concerto no palco da Expofacic (dia 30 de julho), onde a banda tocou temas do mais recente trabalho discográfico como “Vai ou Racha”, “Não Me Leves a Mal”, “Peito”, “Acelerou”, “Tanto Me Faz”, bem como o grande sucesso “O Amor É Assim”, ainda “Paixão”, tema genérico da novela da SIC com o mesmo nome, e outros temas de discos anteriores, como “Feeling”, “Dia D” ou “Naptel Xulima”.

Este foi o quarto concerto que vi ao vivo da banda constituída por Héber Marques, Fred Martinho, Daniel Lima, Joel Silva e Joel Xavier e confesso que após o mesmo fiquei, uma vez mais, com a sensação de que os via pela primeira vez, tal é a forma intensa como estão em palco, tal é o talento; desde a voz do Héber Marques (que até já foi comparado a Bruno Mars), aos músicos que compõem a banda e dos back vocals.

HMB é isto, uma banda com bom groove, boa vibe, bom feeling, que dá gosto, muito gosto, de ouvir e ver ao vivo.

Texto: Daniela Henriques
Fotos: Inês Silva e Elson Cabral

FOTOS DO CONCERTO DOS HMB NA EXPOFACIC:
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